Quantcast
Channel: Zero Hora
Viewing all 47215 articles
Browse latest View live

Veja os possíveis adversários dos gaúchos na primeira fase da Copa do Brasil

$
0
0
Veja os possíveis adversários dos gaúchos na primeira fase da Copa do Brasil

Serão sorteados às 11h desta quinta-feira os confrontos da primeira fase da Copa do Brasil. Quatro times gaúchos estão envolvidos: Inter, Juventude, Ypiranga e São José. 

Leia mais:
Inter e outros três gaúchos conhecerão adversários da primeira fase da Copa do Brasil na quinta

A primeira fase terá uma diferença com relação a outros anos: desta vez, a partida terá jogo único, na casa do time de ranking menor. A equipe de ranking maior jogará pelo empate para se classificar. Assim, Inter, Juventude e Ypiranga visitarão seus adversários, enquanto o Passo D'Areia receberá a partida. A segunda fase também terá fórmula igual. Só da terceira em diante voltarão os confrontos de ida e volta.

Os potes já são conhecidos, foram formados de acordo com o ranqueamento dos clubes. O chaveamento dos potes também foi informado: A x E, B x F, C x G e D x H. O Inter está no A; o Juventude, no C; o Ypiranga, no D; e o São José, no H.

O Grêmio entrará nas oitavas de final. A Copa do Brasil começa no dia 8 de fevereiro e termina em 12 de outubro do ano que vem.

Possíveis adversários:
Inter:
Rio Branco-AC, Campinense-PB, Santos-AP, Globo-RN, Princesa do Solimões-AM, Caldense-MG, Volta Redonda-RJ, Moto Club-MA, Vitória da Conquista-BA ou CSA-AL.

Juventude: São Bento-SP, Murici-AL, Altos-PI, São Raimundo-RR, Anápolis-GO, URT-MG, São Raimundo-PA, Uniclinic-CE, Audax-SP ou Brusque-SC.

Ypiranga: PSTC-PR, Rondoniense-RO, São Francisco-PA, São José-RS, Sete de Dourados-MS, Sinop-MT, Ferroviária-SP, Gurupi-TO, Friburguense-RJ ou Fast Clube-AM

São José: Oeste-SP, ASA-AL, Vila Nova-GO, Londrina-PR, Botafogo-PB, Salgueiro-PE, Cuiabá-MT, Remo-PA, Ypiranga-RS ou River-PI.

*ZHEsportes


Russos e espanhóis tentam tirar o atacante Luan da Arena

$
0
0
Russos e espanhóis tentam tirar o atacante Luan da Arena

Melhor jogador gremista de 2016, o paulista Luan, 23 anos, é alvo de clubes russos e espanhóis. Spartak, de Moscou, e Atlético de Madrid, são os mais fortes candidatos neste final de temporada. A proposta dos europeus é parecida. Oferecem cerca de R$ 80 milhões pelo campeão olímpico. 

O Grêmio acha pouco. Deseja valorizar sua joia. Quer mais. Espera os próximos passos dos dois clubes estrangeiros na janela de janeiro, que abre em 18 dias.

Pelos espanhóis trabalha forte o agente argentino Leo Rodríguez, que costuma alinhavar e fechar os negócios sugeridos pelo treinador Diego Simeone na América do Sul e confirmados pelos dirigentes do Atlético de Madrid, agora turbinado por capital chinês.

Leia mais:
Grêmio cogita até "contrato sem prazo" para renovar com Renato
Projeto Libertadores ficará comprometido se Grêmio não buscar reforços, dizem analistas

Simeone, que vai mal no Campeonato Espanhol e muito bem na Liga dos Campões, deseja reforçar o ataque e observa Luan desde a temporada de 2015. Real Madrid e Barcelona já sondaram o jogador em outras janelas.

O Grêmio precisa de dinheiro para acalmar os credores, saldar dívidas e investir no time de 2017. Negociar jogadores é uma maneira de equilibrar o orçamento do ano que vem.

 Um dos problemas para fechar negócio com um clube do Exterior é a instável relação entre o clube e o agente do jogador, Jair Peixoto, o mesmo do colorado Valdívia. 

Simeone pode ser substituído por Gallardo no Atlético de Madrid 

$
0
0
Simeone pode ser substituído por Gallardo no Atlético de Madrid 

O fraco desempenho do Atlético de Madri está causando inúmeros rumores sobre o futuro do técnico Diego Simeone, que tem contrato com o time espanhol até junho de 2018. O argentino Marcelo Gallardo já estaria aberto a ouvir possíveis ofertas.

Além disso, especula-se na Argentina que Marcelo Gallardo poderia ser uma das alternativas do time espanhol. Outros rumores dão conta de que Simeone pode ir para a Inter de Milão e, com isso, a situação poderia ser sacramentada ainda em dezembro.

Leia mais:
Goleiro do Atlético Nacional poupa arbitragem e lamenta eliminação
Zidane exige seriedade do Real no Mundial: "Camisa não ganha jogo"
Leonardo Oliveira: na mira do Inter, Roberson vai para a Coreia do Sul

Na Itália, fala-se inclusive sobre possíveis reforços desejados pelo argentino, além de um monitoramento que está sendo feito pelo técnico do Atlético, que teria pedido quatro jogadores da Sampdoria: Skiriniar, Schick, Torreira e o atacante Muriel.

Além da Inter de Milão, outro clube interessado pelo treinador é o PSG, que esteve perto de conseguir a assinatura do argentino, mas as exigências dos dirigentes do Atlético de Madrid fizeram o negócio cair por terra.

*LANCEPRESS

Oscar pode se tornar o negócio mais caro do futebol chinês

$
0
0
Oscar pode se tornar o negócio mais caro do futebol chinês

Aos 25 anos, o meia brasileiro Oscar pode desbancar o compatriota Hulk e se tornar a maior transferência da história da China. O meia teria proposta de 60 milhões de euros do Shanghai SIPG, mesmo time de Hulk.

O valor, se confirmado, será 5 milhões de euros superior ao pago pelo próprio Shanghai SIPG ao Zenit por Hulk em julho deste ano. Hulk foi comprado por 55 milhões de euros.

Leia mais
Técnico do Chelsea libera cerveja para Diego Costa após os jogos
Inter pode faturar com venda do meia Oscar ao futebol chinês
Simeone pode ser substituído por Gallardo no Atlético de Madrid 

Na lista dos mais caros do futebol chinês, o terceiro é o também brasileiro Alex Teixeira, contratado pelo Jiangsu Suning por 50 milhões de euros. Companheiro de Alex, Ramires é outro que trocou o Chelsea pela China, por 28 milhões de euros.

Além dos brasileiros, destaque para Jackson Martínez (42 milhões de euros), Gervinho (18 milhões de euros), Guarín (13 milhões de euros), Demba Ba (13 milhões de euros) e Graziano Pelle (13 milhões de euros).

*LANCEPRESS

Cidades do Alasca pretendem se mudar por causa da mudança climática

$
0
0

Shaktoolik, Alasca – No sonho, caiu uma tempestade e Betsy Bekoalok via o rio subir em um dos lados do vilarejo e o mar do outro, a água vai engolindo as casas de cores vivas, os barcos pesqueiros, as caminhonetes quatro por quatro, a escola e a clínica.

Ela mergulhou na inundação, procurando freneticamente pelo filho. Cadáveres boiando passaram por ela na quase escuridão. Quando finalmente encontrou o menino, ele também estava morto.

"Eu o peguei e o trouxe de volta do fundo do mar", conta Betsy.

O povo inupiat – que há séculos caça e pesca na costa ocidental do Alasca – acredita que alguns sonhos são presságios do futuro.

Mas aqui em Shaktoolik, não é preciso ser profeta para prever uma inundação, ainda mais durante as tempestades do outono.

Assentada em um estreito braço de areia entre o rio Tagoomenik e o mar de Bering, o vilarejo de 250 habitantes está enfrentando uma ameaça iminente graças ao aumento da inundação e da erosão, sinais de um clima em mudança.

Com sua proximidade com o Ártico, o Alasca está esquentando cerca de duas vezes mais rápido do que o resto dos Estados Unidos, e o estado se encaminha para o ano mais quente de que se tem registro. O governo identificou pelos menos 31 cidades correndo risco iminente de destruição, com Shaktoolik listada entre as quatro mais ameaçadas. De acordo com especialistas na mudança climática, algumas vilas não serão habitáveis em 2050, com seus moradores juntando-se a um fluxo de refugiados do clima ao redor do globo, na Bolívia, na China e em Níger, entre outros países.

Essas comunidades alasquenses em perigo têm uma escolha. Elas podem se mudar para um terreno mais elevado, perspectiva dolorosa que, para um pequeno povoado, custaria US$ 200 milhões. Ou podem ficar onde estão, esperando encontrar dinheiro para fortificar suas construções e reforçar o litoral.

Dois vilarejos subindo a costa ocidental, Shishmaref e Kivalina, decidiram em votação se mudar quando e se encontrarem um local adequado e tiverem dinheiro para tanto. Um terceiro, Newtok no encharcado delta do Yukon-Kuskokwim mais ao sul, já deu os primeiros passos para a realocação.

Mas, passados anos de reuniões que não deram em nada e pedidos por suporte financeiro do governo que não foram atendidos, Shaktoolik decidiu que vai "ficar e se defender", pelo menos por enquanto, afirma o prefeito, Eugene Asicksik.

"Estamos fazendo as coisas por conta própria", explica.

A próxima grande tempestade

O pequeno Cessna carregando dois visitantes toca levemente a pista de cascalho fino que serve de aeroporto em Shaktoolik.

Estamos em meados de setembro, e com o fim da temporada de pesca comercial, a vila se prepara para o inverno.

Carne de alce cozinha no fogão da casa de Matilda Hardy, presidente da Câmara dos Vereadores do Vilarejo Nativo de Shaktoolik. Jean Mute, a esposa do pastor, se inclina para apanhar amoras para conserva em um campo ao lado da cidade.

Em Shaktoolik, bem como em outras vilas do estado, os moradores afirmam que o inverno está chegando mais tarde do que antes e se transformando prematuramente em primavera, uma alteração que os cientistas ligam à mudança climática. Com a elevação da temperatura do mar, o gelo da costa e a neve semiderretida que geralmente protegem o povoado de tempestades e das fortes ondas marinhas estão se reduzindo. No inverno passado, pela primeira vez desde que os anciãos daqui conseguem se lembrar, não havia gelo ao largo do litoral.

O impacto das tempestades devorou a área ao redor da vila, que ocupa 2,8 quilômetros quadrados de uma faixa de terra de quatro quilômetros de extensão. Segundo estimativa, essa faixa está perdendo em média 3.540 metros quadrados – quase meio hectare – por ano. A inundação do mar e as águas caudalosas do rio se tornaram tão severas que a última grande tempestade quase transformou Shaktoolik em ilha.

"Isso foi bem assustador. Parecia que as ondas poderiam nos encobrir, mas, felizmente, não aconteceu", conta Agnes Takak, assistente administrativa da escola do vilarejo.

Ficar ou ir?

Como Shaktoolik e outros povoados ameaçados descobriram, tanto ir embora quanto ficar tem seus perigos.

O processo de mudança pode demorar anos ou mesmo décadas. Enquanto isso, os moradores ainda precisam mandar os filhos para a escola, ir ao médico quando estiverem doentes, adutoras de água e tanques de combustível devem estar funcionando e é necessário dispor de um lugar seguro para ir quando chegar uma tempestade severa.

Mas poucas agências públicas estão dispostas a investir na manutenção de vilas ameaçadas pela erosão e pela inundação, ainda mais quando as comunidades pretendem levantar acampamento e ir para outro lugar.

"É um impasse insolúvel", afirma Sally Cox, coordenadora estadual dos vilarejos nativos.

O mero anúncio da intenção de transferência pode significar a negativa a um pedido de uma comunidade por financiamento. Anos atrás, quando Shaktoolik mencionou que tencionava se mudar em um pedido de verba, perdeu o dinheiro para sua clínica, afirma Isabel Jackson, servidora pública municipal.

Os líderes do vilarejo localizaram um possível ponto de relocação 18 quilômetros a sudeste, perto dos contrafortes das montanhas. Mas alguns moradores dizem temer que sua cultura, dependente da caça e da pesca, sofra com a mudança. E Edgar Jackson, ex-prefeito, conta que o governo recusou pedidos de verbas para construir uma estrada que serviria para levar material de construção para a casa nova e como rota de fuga. Atualmente, os moradores não contam com um caminho confiável para fugir rapidamente em caso de emergência.

"Nós chamamos de estrada de 'evacuação' e relocação'. Os governos estadual e federal não gostaram dessas duas palavras", conta Jackson.

Há 50 anos, quando a praia ficava a meio quilômetro de distância, a violência crescente do mar podia não incomodar os moradores de Shaktoolik. Agora, porém, o mar está quase em suas portas.

Tapa-buracos, não soluções

Certa feita, Matilda Hardy, a presidente da Câmara, podia ver o mar pela janela.

Agora ela enxerga um bloqueio de dois metros de altura, com extensão de um quilômetro e meio, feito com madeira e cascalho pelos moradores para se proteger do oceano.

Dois engenheiros do estado tiveram a ideia, mas ficaram sem dinheiro antes que o projeto fosse feito.

O prefeito, Asicksik, decidiu continuar mesmo assim. Moradores transportaram o cascalho da boca do rio em velhos caminhões militares, comprados por US$ 9 mil cada, e finalizaram o projeto em menos de quatro meses.

Os residentes se orgulham da proteção. É um símbolo de sua determinação em resolver os próprios problemas sem a ajuda do governo.

Só que todos sabem que a barricada improvisada não passa de um tapa-buraco; alguns questionam se conseguirá segurar pelo menos uma grande tempestade.

"Ela ainda não foi testada", conta Matilda.

Em Kivalina e Shishmaref, o Corpo de Engenheiros conseguiu construir muros de pedras reforçados para proteger as vilas, autorizados pelo Congresso, em 2005, como gasto federal. Mas a autorização foi cancelada quatro anos depois, e o Corpo não pode fazer mais nada se os moradores não levantarem o dinheiro por conta própria.

O estado do Alasca – que no passado forneceu verbas para Newtok, permitindo que a comunidade y'upik começasse a atravessar o rio em busca de segurança – enfrenta uma crise fiscal, com a saúde econômica ligada à receita com petróleo. E um processo na justiça federal, movido por uma vila contra as empresas carboníferas e petrolíferas, buscando dinheiro para mudança como indenização pela poluição atmosférica, não deu em nada.

Shaktoolik deve receber US$ 1 milhão da Comissão Denali, agência federal independente criada em 1998 para ajudar a fornecer serviços a comunidades rurais do Alasca. Mas o dinheiro não resolverá tudo – algumas terão de pagar por um novo projeto de fortificação das defesas enquanto o resto é destinado a ajudar a proteger o tanque de armazenamento de combustível.

Talvez a maior contribuição potencial sejam os US$ 400 milhões destinados à transferência de vilarejos ameaçados, previstos na proposta de orçamento de 2017, pelo governo Obama. Só que com o novo governo, o destino da realocação é incerto, na melhor das hipóteses.

"Queria que eles viessem e passassem um dia em uma das nossas tempestades", afirma Axel Jackson, membro da Câmara dos Vereadores, a respeito dos políticos na capital norte-americana. O governo federal gasta bilhões em guerras em outros países, afirma ele. "Mas ainda nos trata como se fôssemos um país do terceiro mundo."

Por Erica Goode

Poeta Pablo Neruda é tema do novo filme do diretor de "O clube"

$
0
0
Poeta Pablo Neruda é tema do novo filme do diretor de

O chileno Pablo Larraín vem despontando no cinema internacional como um dos mais inventivos realizadores latino-americanos. O jovem diretor de filmes elogiados e premiados como Tony Manero (2008), No (2012) e O clube (2015) encerra 2016 emplacando dois longas entre os mais comentados do ano, ambos inspirados em personalidades históricas: Jackie, cinebiografia da ex-primeira-dama norte-americana Jacqueline Kennedy (1929 — 1994), que acaba de render uma indicação ao Globo de Ouro à atriz Natalie Portman, e Neruda

"Sully", com Tom Hanks, recria história de piloto que fez pouso épico em NY
"Rogue One" se equilibra entre o fan service e um novo olhar sobre "Star Wars"
"Sieranevada" aborda temas históricos contemporâneos em encontro familiar

Representante do Chile na disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro, o singular perfil do poeta Pablo Neruda (1904 — 1973) foi exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes e chegou nesta quinta-feira aos cinemas brasileiros. O retrato que Larraín traça do escritor chileno ganhador do Nobel de Literatura de 1971 está longe da hagiografia: Neruda lança luz sobre o amálgama de talento, vaidade, engajamento, egoísmo, paixão e convicção que forjou uma das figuras mais influentes da cultura ocidental no século 20.

Da mesma forma que outro filme chileno recente sobre o escritor, igualmente chamado Neruda (2014), a produção em cartaz na Capital também situa-se em 1948, quando o já consagrado intelectual destaca-se na política como senador e liderança da esquerda no país. Quando o presidente Gabriel González Videla – interpretado pelo ótimo Alfredo Castro, ator-fetiche dos filmes de Larraín – consegue a aprovação da chamada Lei Maldita, a cruzada anticomunista do governo obriga Pablo Neruda (Luis Gnecco) a esconder-se em um apartamento em Santiago ao lado da esposa, a artista plástica argentina Delia del Carril (Mercedes Morán), à espera que seus camaradas organizem um plano para tirá-lo do país. Na clandestinidade, Neruda começa a escrever o que muitos consideram sua obra-prima: o livro de poemas Canto geral.

Se no Neruda dirigido por Manuel Basoalto o lado resistente e heroico do poeta militante em luta contra a repressão e em fuga pelo sul do Chile, atravessando os Andes até a Argentina, era apresentado de maneira convencional, no título de Pablo Larraín a forma narrativa inusitada ganha relevo. O roteiro de Guillermo Calderón acrescenta um fascinante antagonista ficcional aos episódios reais da trama: o chefe de investigações federais Óscar Peluchonneau — vivido pelo ator mexicano Gael García Bernal, que também estrelou No — leva a incumbência de localizar e prender Neruda ao nível da obsessão pessoal. O policial torna-se um contraponto do protagonista, alternando-se entre o desprezo e a admiração pelo artista e pontuando o filme com comentários perspicazes e derrisórios sobre as contradições do caráter e os gostos burgueses de seu célebre fugitivo, apresentados na tela como uma narração sobreposta às imagens.

Além do pitoresco introduzido por esse recurso – que evoca no filme o estilo do romance policial e elogia o poder de fabulação da literatura —, Neruda ganha também vivacidade graças a expedientes curiosos como transpor subitamente os personagens para cenários diferentes no meio dos diálogos, sem interromper as conversas, e ao artificialismo de algumas falas e situações, cujo objetivo parece ser o de alertar o espectador de que ele está assistindo a uma encenação. O resultado lembra outra ótima cinebiografia de tons farsescos: Il divo (2008), de Paolo Sorrentino, sobre o morfético ex-primeiro-ministro italiano Giulio Andreotti.

Neruda
De Pablo Larraín
Drama, Chile/Argentina/França/Espanha 2016, 108min, 12 anos.
Cotação: 4/5.
Em cartaz nos cinemas (semana de 15/12 a 21/12)
Espaço Itaú 1 (16h, 18h, 20h, 22h)
GNC Moinhos 1 (20h)
GNC Moinhos 4 (15h30, 17h35, 21h50)
Guion Center 1 (14h15, 16h15, 18h15, 20h15)

Rastros de explosivos são encontrados em vítimas do voo da EgyptAir

$
0
0

O Egito anunciou nesta quinta-feira (15) ter encontrado restos de explosivos nos cadáveres das vítimas da catástrofe aérea de 19 de maio, quando um avião da companhia aérea EgyptAir que fazia a rota Paris-Cairo caiu sem causa específica.

O voo MS804 despencou no mar entre Creta e o norte do Egito após ter desaparecido dos radares com 66 pessoas a bordo - entre eles 40 egípcios e 15 franceses -, sem deixar sobreviventes.

O Egito, que sempre acreditou na possibilidade de atentado, indicou que a descoberta de rastros de explosivos nos restos mortais das vítimas foi comunicado ao procurador-geral.

Segundo a legislação do país, "se recorre à promotoria quando os investigadores têm sérias suspeitas sobre a origem criminal de um acidente".

Já os investigadores franceses consideram um possível incidente técnico como a causa mais provável da catástrofe.

Uma das duas caixas-pretas encontradas revelou que foram ativados detectores de fumaça a bordo, e captou a palavra "fogo" antes da queda do Airbus A320 da EgyptAir.

A ausência de reivindicação de um possível ataque também sugere a possibilidade de falha técnica. Em outubro de 2015, o grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a autoria de um atentado a bomba contra um avião que decolou do balneário egípcio de Sham al Sheij. No ataque, 224 pessoas que estavam a bordo morreram, em sua maioria turistas russos.

É impossível tirar conclusões

Na França, o Escritório de Investigações e de Análises para a segurança da aviação civil (BEA) pediu sensatez após o anúncio das autoridades egípcias.

"Na falta de informações detalhadas sobre as condições em que foram obtidas as provas e as medidas que conduziram à detecção de explosivos, o BEA considera que nesse momento não é possível tirar conclusões sobre a origem do acidente", ressaltou um porta-voz à AFP.

A fabricante aérea reportou não ter sido informada sobre as investigações em curso e preferiu não fazer comentários.

Os investigadores egípcios tinham comentado no passado sobre a presença de explosivos em pedaços do avião recuperados no mar, segundo fonte próxima a investigação. Mas para os especialistas franceses, os restos podem ter sido contaminados pelos sacos nos quais foram colocados.

Se a tese do atentado se confirmar, questões de como uma bomba pôde ter sido colocada a bordo da aeronave no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, de onde decolou, afirmam especialistas egípcios.

Antes do voo Cairo-Paris-Cairo, o avião realizou escalas em Eritreia e Tunísia, como foi indicado na época.

A Federação Nacional de Vítimas de Atentados e Acidentes Coletivos (Fenvac) qualificou o anúncio do Cairo como "manipulação".

"Trata-se de uma chantagem das autoridades egípcias (...) para proteger a companhia Egyptair, colocando a responsabilidade em Paris", acusou Stéphane Gicquel, secretário-geral da federação.

No final de setembro, as famílias das vítimas se queixavam de que ainda não haviam recuperado os corpos de seus familiares mortos no acidente.

se-mma/iw/tp/aoc/mb/bn/mvv

Construindo um caminhão de lixo para o espaço

$
0
0

Tóquio – Localizado em um bairro industrial simples, rodeado por fábricas e armazéns, o escritório de Tóquio da Astroscale parece estar no lugar certo para uma empresa que pretende entrar no negócio de gestão de resíduos.

Só lá dentro os visitantes veem sinais de que seu fundador, Mitsunobu Okada, pretende ser mais do que um lixeiro comum: fotos de planetas decoram a porta da sala de reunião. Maquetes de satélites são vistas em um dos cantos. Okada cumprimenta os convidados usando uma camiseta azul escura estampada com o slogan da empresa: Limpadores do Espaço.

Ele é um empreendedor que teve visão para criar a primeira empresa de coleta de lixo dedicada aos dejetos de acesso mais difícil: pedaços de foguete, satélites inertes e outros detritos que se acumulam sobre a Terra desde que o Sputnik inaugurou a Era Espacial. Okada começou a Astroscale há três anos acreditando que as agências espaciais nacionais não faziam muita coisa para enfrentar o problema, que poderia ser resolvido mais rapidamente por uma pequena empresa privada motivada pelo lucro.

"Vamos falar a verdade, a gestão de resíduos não é atraente o suficiente para uma agência espacial a ponto de convencer os contribuintes a investir. O grande lance é descobrir como transformar isso em um negócio", disse Okada, de 43 anos, que instalou a sede da Astroscale em Cingapura, que recebe bem as startups, mas está construindo a nave em seu país, o Japão, onde há mais engenheiros.

Ao longo dos últimos 50 anos, a órbita baixa da Terra acabou tão cheia de detritos que cientistas e agências espaciais avisam sobre o perigo, cada vez maior, de colisões para satélites e naves tripuladas. The U.S. A Força Aérea dos EUA monitora hoje cerca de 23 mil pedaços de lixo espacial grandes o suficiente – com cerca de 10 cm ou mais – para serem detectados a partir do solo.

Os cientistas dizem que pode haver dezenas de milhões de partículas menores, tais como parafusos ou pedaços de refrigeradores de motor, que não podem ser reconhecidos da Terra. Mesmo as peças mais ínfimas percorrem uma determinada órbita em altas velocidades, o suficiente para transformá-las em projéteis potencialmente fatais. Em 1983, o ônibus espacial Challenger retornou à Terra com um pedaço minúsculo de lasca de tinta em seu para-brisa.

E há planos para deixar a órbita baixa mais cheia e mais essencial para as comunicações em nosso planeta. Empresas como a SpaceX e a OneWeb buscam criar novas e vastas redes de centenas ou mesmo milhares de satélites para fornecer conectividade de internet e cobertura de celular globais. O crescimento do tráfego aumenta o risco de colisões, que poderiam dificultar as comunicações, como o ocorrido em 2009, quando um satélite militar russo inativo se chocou com um satélite privado de comunicações dos Estados Unidos, causando breves interrupções para os usuários de telefone via satélite.

Pior, cada colisão cria uma nuvem de estilhaços, com potencial de desencadear uma sucessão de colisões que poderia inutilizar a órbita baixa.

"Se não começarmos a remover essas coisas, o ambiente se tornará instável. O volume de detritos só vai aumentar e isso poderá afetar a capacidade de operação de satélites", disse William Ailor, pesquisador da Aerospace Corporation, centro de pesquisa e desenvolvimento financiado pelo governo federal na Califórnia.

Eis que surge Okada, ex-funcionário do governo e empresário de internet, que disse que uma crise de meia idade, há quatro anos, o levou de volta à sua paixão de infância pelo espaço. Na adolescência, em 1988, ele visitou o Alabama participar do Acampamento Espacial do Space and Rocket Center em Huntsville, e mais tarde decidiu frequentar a escola de Administração da Universidade de Purdue, local onde seu herói, Neil Armstrong, estudou.

Mais tarde, percebeu que poderia usar sua experiência no mundo das startups – ele havia fundado uma empresa de software em 2009 – para começar na área de detritos espaciais.

"Todos os projetos tinham um dedo do governo, e eram lentos e pouco inovadores", disse ele sobre as conferências que frequentou para saber mais sobre trabalhos nessa área. "Eu vinha do mundo das startups onde pensamos em dias ou semanas, não anos."

Ele conta que criou um plano de duas etapas para ganhar dinheiro com a remoção de entulho. Primeiro, a Astroscale planeja lançar um satélite de mais de 20 quilos, chamado IDEIA OSG 1, no ano que vem, utilizando um foguete russo. A nave levará painéis que podem medir o número de colisões de detritos de até menos de um milímetro. A Astroscale usará esses dados para compilar os primeiros mapas detalhados da densidade de detritos em diferentes altitudes e locais, que podem então ser vendidos para operadores de satélite e as agências espaciais, disse Okada.

"Precisamos conseguir dinheiro na fase inicial, mesmo antes de fazer a remoção de entulhos de fato, para provar que temos potencial comercial enquanto negócio", disse Okada, acrescentando que já havia levantado US$ 43 milhões de investidores.

O passo mais ambicioso virá em 2018, quando a Astroscale vai lançar uma nave chamada ELSA 1. Maior que sua antecessora, ela será carregada com sensores e jatos de manobra que lhe permitirão monitorar e interceptar um pedaço de dejeto.

A companhia se decidiu por uma abordagem leve e simples para capturar os detritos espaciais: cola. A Astroscale trabalhou com uma empresa química japonesa para criar um adesivo que cubra uma superfície plana do tamanho de um prato no ELSA 1. A nave esbarraria então em um pedaço de lixo espacial que ficaria colado a ela e seria arrastado para fora da órbita. Tanto o ELSA 1 quanto os detritos seriam incinerados na reentrada.

Okada disse que a chave para derrubar o preço de dezenas ou mesmo centenas de milhões de dólares é reduzir o peso. Ele contou que o adesivo do Elsa 1 pesaria apenas alguns gramas, muito menos do que, digamos, um braço robótico de 50 kg, e que engenheiros da sua empresa encontraram formas de manter o peso da nave em até 100 kg, tornando-a muito mais leve que outras propostas.

"Nos EUA, os engenheiros aeroespaciais estão mais interessados em trabalhar nas missões de Marte, não em gestão de resíduo. O Japão não tem tantas missões espaciais interessantes, por isso os engenheiros ficaram animados com minha ideia."

Por Martin Fackler


Aliada, inimiga ou as duas coisas? Os muitos papéis da Aránia Saudita no Afeganistão

$
0
0

Cabul, Afeganistão – Quinze anos, US$ 500 bilhões de dólares e 150 mil vidas desde que entraram na guerra, os Estados Unidos estão tentando se livrar do Afeganistão. Os afegãos estão sendo deixados para lutar por conta própria. Uma crescente insurgência do Talibã, enquanto isso, ganha força com um novo influxo de dinheiro.

Com o futuro de sua nação em jogo, líderes afegãos renovaram o pedido a uma potência que pode ser decisiva na definição de se o país pode se agarrar à democracia ou sucumbir ao Talibã. Só que os EUA não são essa potência.

Ela é a Arábia Saudita.

A Arábia Saudita é crucial por causa de sua posição singular no conflito afegão: ela apoia os dois lados.

Antiga aliada do Paquistão, a Arábia Saudita tem apoiado a promoção do Talibã feita por Islamabad. Ao longo dos anos, xeiques sauditas abastados e filantropos ricos também estimularam a guerra ao financiar privadamente os insurgentes.

Enquanto isso, a Arábia Saudita tem oficialmente, ainda que de forma fria, apoiado a missão dos EUA, o governo afegão e até, secretamente, pediu a paz em negociações clandestinas em seus nomes.

As contradições não têm nada de acidentais. Pelo contrário, equilibram necessidades conflitantes dentro do reino, perseguidas tanto pela política oficial quanto pela iniciativa privada.

Essa via de mão dupla permite às autoridades sauditas negar plausivelmente o apoio oficial ao Talibã, enquanto fecham os olhos para o financiamento privado do grupo e de outros grupos sunitas de linha-dura.

O resultado é que os sauditas – por meio de canais privados e secretos – têm apoiado tacitamente o Talibã de uma forma que torna o país um indispensável mediador.

Entrevistado pelo New York Times, um ex-ministro das finanças do Talibã descreveu como ele viajou à Arábia Saudita durante anos para arrecadar verbas sob o pretexto de fazer uma peregrinação.

O Talibã também teve permissão para levantar milhões ao arrancar "impostos" ao pressionar centenas de milhares de trabalhadores convidados de origem pachtun dentro do reino e ameaçando suas famílias em seus países natais, afirma Vali Nasr, ex-consultor do Departamento de Estado.

Enquanto dinheiro privado da Arábia Saudita financiava o Talibã, a inteligência saudita mediou em segredo uma negociação de paz que representantes do Talibã e outros envolvidos descreveram integralmente pela primeira vez ao Times.

Atuar em vários lados da mesma equação geopolítica é uma maneira pela qual os sauditas estimulam seus interesses estratégicos, afirmam analistas e autoridades.

Só que isso também ameaça enfraquecer os frágeis progressos democráticos feitos pelos Estados Unidos nos últimos 15 anos e, talvez, desfazer as tentativas de liberalizar o país.

Agora, os EUA se encontram tentando convencer seu suposto aliado a desempenhar um papel construtivo e não destrutivo. Enquanto isso, os afegãos passaram a ver a Arábia Saudita como amiga e inimiga.

A dúvida agora, enquanto as autoridades afegãs procuram ajuda, é qual faceta da Arábia Saudita verão.

O príncipe Turki al-Faisal, que chefiou a agência de inteligência saudita por mais de 24 anos e, posteriormente, atuou como embaixador nos EUA até se aposentar em 2007, rejeitou qualquer sugestão de que seu país tenha um dia apoiado o Talibã.

"Quando eu estava no governo, nem um centavo sequer foi dado ao Talibã", escreveu em um e-mail.

Ele acrescentou que as "medidas rigorosas tomadas pelo reino para impedir quaisquer transferências de dinheiro para grupos terroristas" foram reconhecidas por Daniel L. Glaser, subsecretário norte-americano para financiamento de terrorismo do Tesouro, em depoimento ao Congresso, em junho.

Para outras pessoas, a questão ainda não está definida. "Sabemos que esse financiamento aconteceu durante anos", afirma Mohammad Hanif Atmar, diretor do Conselho de Segurança Nacional do Afeganistão. "É o que sustenta a máquina de guerra terrorista no Afeganistão e na região, e isso terá de parar."

Pode ser mais fácil falar do que fazer. A Arábia Saudita continua sendo uma das muitas fontes do que o secretário de estado norte-americano, John Kerry, qualificou recentemente de "dinheiro substituto" para apoiar causas e combatentes islâmicos.

Boa parte dessa benesse é espalhada em busca do que Nasr descreve como uma estratégia saudita para construir um muro de radicalismo sunita pelo sul e o centro da Ásia visando conter o Irã, seu rival xiita.

Essa competição está sendo reiniciada. Com a saída dos EUA, existe a sensação de que o destino do Afeganistão ficará nas mãos de quem chegar primeiro.

Nos últimos meses, o Talibã montou uma ofensiva coordenada com perto de 40 mil combatentes em oito províncias – um fôlego novo financiado por fontes estrangeiras ao custo de US$ 1 bilhão, segundo autoridades afegãs.

Ao mesmo tempo, a Arábia Saudita está oferecendo ao governo do Afeganistão acordos de defesa e desenvolvimento substanciais, enquanto os afegãos afirmam que xeiques sauditas e de outros países árabes do Golfo Pérsico estão secretamente destinando bilhões em dinheiro privado a organizações sunitas, madrassas (escolas muçulmanas) e universidades para formar a próxima geração de afegãos.

"Os sauditas estão voltando a se envolver", diz Nasr, agora diretor da Escola de Estudos Internacionais Avançados Johns Hopkins. "O Afeganistão é importante para eles, e é por isso que investiram tanto na década de 1980, e estão tentando se tornar muito mais relevantes."

Por Carlotta Gall

Exposição coletiva é inaugurada na Galeria Casiere, em Porto Alegre

$
0
0
Exposição coletiva é inaugurada na Galeria Casiere, em Porto Alegre

A transformação contínua a partir de fugas e a busca constante de adaptação norteiam os trabalhos que compõem a exposição coletiva Escape, inaugurada na noite de terça-feira (13/12), na Galeria Casiere. Com curadoria do fotógrafo Fagner Damasceno, o projeto trabalha com diversas linguagens e produções artísticas com o objetivo de criar um olhar plural, analisando a percepção de cada artista sobre a temática exposta.

O evento de inauguração reuniu uma turma bacana de artistas e convidados que conferiram as obras e performances de Pedro Matsup em parceria com a marca Asap e de Amanda Gatti. O espaço recebeu sonorização exclusiva da LVBoratório. A mostra segue até 15 de fevereiro com visitação gratuita em horário comercial.

Também participam do projeto, Carine Wallauer, Pedro Braga, Amanda Copstein, André Venzon, André Bergamin, David Ceccon, Tiago Coelho, Kaue Nery, Felipe Queiroz, Andressa Cantergiani, Aruan Viola, Lucca Curtolo, Gabriel Pessoto, Geelherme, Michel Dega, Pedro Matsuom e Pedro Heinrich.

Confira mais fotos:

Geelherme Vieira Foto: Felipe Gaieski / Divulgação Pedro Braga e Helena Dias Foto: Felipe Gaieski / Divulgação Paulo Gasparotto Foto: Felipe Gaieski / Divulgação Rafael Schwendler e Alice Floriano Foto: Felipe Gaieski / Divulgação Fagner Damasceno e André Venzon Foto: Felipe Gaieski / Divulgação David Ceccon Foto: Felipe Gaieski / Divulgação Alanna Pingray Foto: Felipe Gaieski / Divulgação

Leia mais:
Designer Mariana Prestes e estilista Greice Antes lançam parceria
Chef Mauri Olmi assume a cozinha do Eleven Dinner Room
Jantar da Propaganda encerra a Semana da ARP em Porto Alegre

"Ainda não temos time para 2017", diz presidente do Princesa do Solimões, adversário do Inter

$
0
0

Adversário do Inter na estreia da Copa do Brasil, o Princesa do Solimões ainda não tem time para a temporada 2017. Com o final do Campeonato Amazonense, em 22 de outubro, o Tubarão (apelido do clube) ficou como vice-campeonato e sem elenco. 

Segundo o presidente do Princesa, Modesto Alexandre, a equipe será remontada para o torneio nacional. O dirigente, porém, lamenta enfrentar o Inter, em jogo único, conforme o novo regulamento da competição, e com vantagem do empate para o time melhor ranqueado, no caso, o Inter. O jogo será no Estádio Municipal Gilberto Mestrinho, o Gilbertão, na cidade de Manacapuru, com capacidade para apenas 15 mil torcedores.

— Sabíamos que o Inter era um dos grandes que poderíamos pegar. Mas, como o povo daqui torce mais para os times de Rio e de São Paulo, preferia enfrentar Vasco, São Paulo ou Fluminense. Já enfrentamos outros times do Sul, como Figueirense e Chapecoense. Por isso também queríamos um carioca ou paulista dessa vez — disse Alexandre. — Mas vamos lá, enfrentar o Inter, que por sinal tem as cores do Princesa do Solimões. Mesmo que o Inter tenha sido rebaixado, será um adversário muito difícil.

O dirigente chegou a pensar levar a partida para a Arena da Amazônia, na capital Manaus. Mas o Princesa do Solimões perderia quase toda a renda, devido às taxas cobradas pelo estádio.

— A renda deste jogo contra o Inter ajudará a bancar boa parte do nosso time para a disputa do Estadual. Nossa folha não ultrapassará R$ 150 mil por mês, se é que vamos conseguir chegar a esse valor — comentou Modesto Alexandre.

Destaques do clube em 2016, como os atacantes Têty e Lacraia ou o goleiro Rascifran dificilmente permanecerão. Foram valorizados no Estadual e despertaram interesse de outros clubes.

— Nosso time será remontado com jogadores locais mesmo. Não temos condições de enfrentar sequer clubes da Série C, mas faremos uma retranca para receber o Inter. Quem sabe não conseguimos a classificação? — sonha o dirigente do Princesa do Solimões.

Curiosidades:

O Princesa do Solimões garantiu classificação à Copa do Brasil por ser o vice-campeão amazonense em 2016. Ficou em terceiro lugar na primeira fase e eliminou o Nacional na semifinal. Na decisão, em jogo único na Arena da Amazônia, perdeu por 3 a 1 para o Fast Clube.

O time amazonense é o 78° colocado no ranking da CBF. É carinhosamente chamado de Tubarão do Norte por seus torcedores.O maior feito do clube foi ter conquistado o Campeonato Amazonense em 2013. O clube também já foi campeão da Taça Estado de Amazonas em 1995, 1997, 2013 e 2014, além de ter vencido o Torneio Início do estado em 1997 e 2007.

O Inter nunca enfrentou um time amazonense na Copa do Brasil. Mas da região Norte, sim:

1993: eliminou o Ji-Paraná, de Rondônia, na primeira fase, por 6 a 0, fora, e por 9 a 1, casa

2003: foi eliminado pelo Remo, na segunda fase, perdendo em Belém por 1 a 0, e vencendo em Porto Alegre por 2 a 1

2013: eliminou o Rio Branco-AC, na primeira fase, ao vencer por 2 a 0, fora de casa

2014: eliminou o Remo, na primeira fase, ao golear por 6 a 1, no Mangueirão

O Inter terá um longo caminho na Copa do Brasil. Literalmente. O clube precisará viajar cerca de 4,5 mil quilômetros até Manacapuru, cidade de 95 mil habitantes que fica a 100 quilômetros de Manaus, para enfrentar o Princesa do Solimões Esporte Clube na primeira fase da Copa do Brasil.

Para passar de fase, o Inter joga por um empate — a primeira fase não prevê disputa por pênaltis, já que o visitante avança em caso de igualdade. Na segunda fase, o adversário do Inter o vencedor de Friburguense-RJ e Oeste-SP.


Histórico do Princesa na Copa do Brasil:

2014: eliminado na segunda fase, pelo Santos

2015: eliminado na primeira fase, pelo Figueirense

2016 - eliminado na primeira fase pela Chapecoense

* ZH Esportes


Leia mais:
Inter enfrenta o Princesa do Solimões, no Amazonas, na estreia da Copa do Brasil


Território dos rebeldes diminui na Síria

$
0
0

Depois do início de sua retirada dos bairros do leste de Aleppo, seu principal bastião na Síria, os rebeldes agora controlam apenas algumas regiões no país em guerra, principalmente no noroeste.

Contando os territórios, nos quais são aliados do grupo Fateh al-Sham (ex-braço sírio da rede Al-Qaeda), os rebeldes dominam quase 15% do território, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Seriam cerca de 100 mil combatentes, de acordo com um relatório divulgado em março pelo Institute for the Study of War.

- Província de Aleppo -

Depois de perder o controle quase total de seus bairros no leste e no sul da capital provincial de Aleppo (norte), os rebeldes ainda dominam localidades ao oeste da cidade, em particular Atareb e Daret Ezza, assim como Kafarhamra, Hreitan, Azaz e Marea, no norte da província.

- Província de Idleb -

Essa província do noroeste do país é o último lugar forte dos rebeldes, controlado em sua quase totalidade pelo Exército da Conquista, coalizão de rebeldes islamitas (como Ahrar al-Sham, ou Faylaq al-Sham), e pelos extremistas do Fateh al-Sham.

Duas aldeias xiitas, Fua e Kafraya, escapam de seu controle, e estão sob domínio do governo de Bashar al-Assad.

Vizinha de Aleppo, Idleb tem acesso à fronteira com a Turquia e a uma ampla reserva de combatentes, em particular de regiões retomadas pelo governo.

- Província de Deraa e Quneitra -

A maior parte da província de Deraa, na fronteira com a Jordânia, está controlada por grupos rebeldes. Já a capital, considerada berço da revolta de 2011, está quase toda sob controle do governo.

Dois terços da província de Quneitra, situada perto da linha de cessar-fogo na colina do Golã, está nas mãos dos rebeldes.

- Ghuta Oriental -

Os rebeldes controlam entre 40% e 50% da Ghuta Oriental, grande subúrbio ao leste de Damasco, segundo o OSDH. Várias localidades estão sitiadas pelas forças do governo.

Estas últimas avançaram muito nos últimos meses, selando vários acordos na Ghuta, depois dos quais os insurgentes recuaram de suas posições em troca da garantia de chegar a Idleb de maneira segura.

"Desmantelar a insurreição na Ghuta Oriental será o grande objetivo do governo em 2017", afirmou Aron Lund, da Century Fondation.

- Província de Homs -

Em Homs (centro), os rebeldes controlam as cidades emblemáticas de Rastan, Talbisse e Hule. O restante está nas mãos do governo.

- Província de Latáquia -

Nessa província no oeste do país, os rebeldes estão presentes no cume rochoso, perto da Turquia. O governo domina o restante.

burs-mer/sk/tp/age/tt

É preciso atenção aos fones de ouvido usados pelas crianças

$
0
0

Hoje, até mesmo crianças de três anos de idade usam fones de ouvido e, com a proximidade do Natal, os vendedores estão bem abastecidos com marcas que afirmam ser ¿seguras para ouvidos jovens¿ ou que oferecem ¿100 por cento de audição segura¿. Os equipamentos limitam o volume do som, e os pais confiam neles para prevenir que as crianças ouçam, digamos, Rihanna em um volume perigoso, o que poderia levar à perda da audição.

Mas uma nova análise feita pelo Wirecutter, site de recomendação de produtos do New York Times, descobriu que metade dos 30 fones de ouvido recomendados para crianças testados não restringiam o volume aos limites prometidos. Os piores fones produziam um som tão alto que poderia representar perigo para os ouvidos em minutos.

¿Essas conclusões são terrivelmente importantes. Os fabricantes estão fazendo afirmações que não são precisas¿, afirma Cory Portnuff, pediatra audiologista do Hospital da Universidade do Colorado que não participou da análise.

O novo estudo deveria ser um alerta para os pais que pensam que a tecnologia de limitar o volume oferece proteção adequada, afirma o doutor Blake Papsin, otorrinolaringologista chefe do Hospital for Sick Children de Toronto.

¿Os fabricantes de fones de ouvido não estão interessados na saúde do ouvido das crianças. Querem vender produtos, e alguns deles não são bons.¿

Metade das crianças de oito a 12 anos e quase dois terços dos adolescentes ouvem música diariamente, segundo uma pesquisa de 2015 com mais de 2.600 participantes. A audição segura é uma relação entre volume e duração: quanto mais alto o som, menor o tempo que a pessoa deveria passar ouvindo.

Mas a relação não é linear. Oitenta decibéis é um volume duas vezes mais alto do que 70 decibéis, e noventa é quatro vezes.

A exposição a 100 decibéis, mais ou menos o nível de barulho causado por um cortador de grama poderoso, é segura por apenas 15 minutos; ouvir sons de 108 decibéis, no entanto, só é seguro por menos de três minutos.

O limite de segurança no local de trabalho para adultos, estabelecido pelo Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional em 1998, é de 85 decibéis por no máximo oito horas. Mas não há um padrão obrigatório que restrinja o volume de som máximo em dispositivos de audição ou fones de ouvido vendidos nos Estados Unidos.

Quando colocados no máximo, os dispositivos portáteis modernos podem produzir níveis de som de 97 a 107 decibéis, segundo um estudo de 2011.

Uma equipe do Wirecutter usou dois tipos de som para testar 30 conjuntos de fones de ouvido com um iPod Touch. Primeiro, tocaram um trecho do sucesso ¿Cold Water¿, de Major Lazer, como um exemplo real do tipo de música que as crianças escutam o tempo todo.

Depois, os pesquisadores tocaram um ruído rosa, normalmente usado para testar os níveis de saída dos equipamentos, para ver se os fones de ouvido realmente limitavam o volume a 85 decibéis.

Tocando 21 segundos de ¿Cold Water¿ no volume máximo, metade dos 30 fones excederam os 85 decibéis. O fone de ouvido mais alto chegou aos 114 decibéis.

Com o ruído rosa, cerca de um terço excedeu os 85 decibéis; o mais alto chegou a 108 decibéis. Os resultados completos estão disponíveis na página thewirecutter.com.

Para identificar os fones que limitaram o volume, a equipe do Wirecutter conectou um computador a um ouvido simulado com um microfone dentro e um acoplador que imita a acústica do canal auditivo.

Brian Fligor, audiologista que é membro do grupo de trabalho de equipamentos de som seguros da Organização Mundial de Saúde, aconselhou a equipe sobre a maneira como comparar os resultados com os dados sobre o limite de 85 decibéis nos locais de trabalho. (Os fones ficam muito mais perto do ouvido, claro; o limite do local de trabalho foi concebido para áreas abertas.)

Lauren Dragan, editora do Wirecutter, também reuniu meia dúzia de crianças de três a onze anos para experimentar cada modelo, escolher os favoritos e compilar uma ¿lista dos odiados¿ com aqueles que eles nunca usariam.

No final, a escolha geral das crianças foi um modelo Bluetooth chamado Puro BT2200 (US$ 99,99). Os fones de ouvido foram apreciados tanto pelas crianças quanto pelos adolescentes, tinham excelente qualidade de som, ofereciam alguns recursos de cancelamento de ruídos e volume adequadamente restrito, contanto que o cabo não fosse utilizado.

A bateria tem a duração incrível de 18 a 22 horas, e a conexão com fio é utilizada apenas como reserva. Mas esse fio precisa ser conectado como manda a etiqueta, com uma extremidade exclusiva para o fone e outra para o equipamento musical. Se for inserida da maneira errada, ¿tocará a um volume realmente alto¿, avisa Brent Butterworth, especialista em áudio que ajudou a testar todos os fones de ouvido.

¿Se usarem no modo Bluetooth, é impossível deixar muito alto¿, afirma.

Mesmo com fones que limitam efetivamente a altura máxima do som, a supervisão é crucial. ¿Oitenta e cinco decibéis não é um limite mágico abaixo do qual você está perfeitamente seguro e acima do qual suas orelhas sangram¿, avisa Fligor.

Os audiologistas dão algumas dicas para o uso dos fones: primeiro, mantenha o volume a 60 por cento da potência. Depois, incentive seus filhos a fazer pausas a cada hora para permitir que as células ciliadas do ouvido interno descansem. Ouvir sem parar pode eventualmente danificá-las.

Por fim, o doutor Jim Battey, diretor do Instituto Nacional de Surdez e Outros Distúrbios da Comunicação, oferece essa regra prática: se o pai está a um braço de distância, a criança com os fones ainda deve poder ouvir quando ele faz uma pergunta.

Mantenha essa informação: se eles não conseguem ouvir você ¿esse nível de ruído não é seguro e pode ser prejudicial¿, afirma Battey.

Se essa geração de crianças já sofre de mais perda auditiva do que as anteriores é objeto de debate científico. Pesquisas mostraram resultados mistos.

Por Catherine Saint Louis

Um ex-presidente acuado

$
0
0
Um ex-presidente acuado

No curto espaço de um ano, Luiz Inácio Lula da Silva sofreu uma transformação. De "viva alma mais honesta deste país" - frase que pronunciou em janeiro - o ex-presidente se tornou uma figura carimbada nos tribunais. Gastou mais de 300 dias no preparo de defesa jurídica. Em 2016 se tornou réu três vezes: por obstrução da Justiça, corrupção e tráfico de influência, em três processos diferentes. 

No primeiro, acusado de tentar comprar o silêncio do delator e ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. No segundo caso, por ter aceito que a empreiteira OAS pagasse armazenamento de seus bens presidenciais e também reformas num apartamento triplex que ele teria reservado para comprar, no Guarujá (SP). No terceiro episódio, o ex-presidente é acusado de pressionar o BNDES a favorecer a empreiteira Odebrecht em contratos em Angola. A empresa teria retribuído o favor com dinheiro a um sobrinho de Lula.

Outros processos vêm aí. Em duas semanas Lula foi denunciado duas vezes: por corrupção e lavagem de dinheiro na compra de um terreno por parte da Odebrecht (que seria para o Instituto Lula) e de um apartamento. E por tráfico de influência na escolha da empresa sueca Grippen como fornecedora de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB).

Leia mais:
Lava-Jato denuncia Lula por corrupção
Marcelo Odebrecht confirma pagamentos a Lula
Juízes dizem que Lula tenta tirar Moro da Lava-Jato

Lula ainda é investigado em outros episódios de tráfico de influência em obras de empreiteiras brasileiras na África e, também, como suposto comandante do esquema de desvio de recursos da Petrobras (o chamado Petrolão).

Falta algo? Falta. Em breve a PF deve concluir o inquérito em que Lula é suspeito de receber de empreiteiras um sítio em Atibaia (SP). Em resumo, são oito investigações que acossam o ex-presidente. Dos grandes da República, ele só perde para o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) em número de suspeitas. Basta que Lula seja condenado em qualquer uma delas, em segunda instância, para não poder concorrer à Presidência em 2018, sonho de muitos petistas.


Euro atinge mínimo desde 2003 frente a dólar impulsionado pelo Fed

$
0
0

O euro caiu, nesta quinta-feira (15), até atingir seu mínimo em quase 14 anos em relação ao dólar, no dia seguinte ao anúncio, por parte do Federal Reserve (Fed), de elevação da taxa de juros e da possibilidade de mais três altas em 2017.

Às 13h (horário de Brasília), o euro valia US$ 1,0370 no mercado cambial, um piso ao qual não chegava desde janeiro de 2003. Na quarta-feira (14), às 20h (horário de Brasília), valia US$ 1,0533.

Ontem, o Banco Central americano elevou a taxa de juros pela segunda vez desde 2008, apoiando-se nas boas perspectivas econômicas antes da chegada de Donald Trump à Casa Branca.

Também deu a entender que poderá repetir esse movimento outras três vezes no ano que vem, para evitar o desaquecimento da economia e para manter a inflação em torno de sua meta de 3% anual.

"Os investidores que esperavam um fim de ano tranquilo foram surpreendidos com a firmeza da mensagem enviada pelo Fed. A alta dos juros eram amplamente esperada, mas a agenda fixada para 2017 permite ao dólar alcançar seus maiores tetos em 14 anos", comentou o analista Lukman Otunuga, da FXTM.

Divergência de políticas

Diferentemente do Fed, o Banco Central Europeu (BCE) mantém sua política expansiva de compra de ativos, após sua última reunião de governadores de 8 de dezembro.

"A divergência de políticas do BCE e do Fed faz que nos aproximemos dos níveis de paridade euro-dólar", destacou Michael Hewson, da CMC Markets, acrescentando que a instabilidade política na Europa e as preocupações sobre seu setor bancário podem afetar a moeda única europeia em 2017.

O euro já havia despencado após a contundente vitória, na Itália, em 4 de dezembro, do "não" à consulta popular sobre reforma política. O resultado levou, na semana passada, ao pedido de renúncia do primeiro-ministro Matteo Renzi.

Esse evento - cinco meses depois da vitória no referendo do Brexit - revelou a preocupação dos investidores com a estabilidade da Itália, terceira economia da zona euro, assim como com suas repercussões, em geral, para toda região.

O dólar, disparado

A dinâmica de alta do dólar - que se acentuou, após a eleição de Donald Trump - se iniciou em meados de 2014. Desde então, o dólar ganhou 25%.

A isso, acrescenta-se a decisão de ontem do Fed, que gerou outro "salto" da moeda americana. Desde a vitória de Trump, em 8 de novembro, a dólar se valorizou 5,5% em relação ao euro.

A força do dólar - também estimulada pelos programa de reativação anunciados pelo próximo presidente - tem como efeito que os produtos importados serão mais baratos, mas as exportações americanas ficarão mais caras e, consequentemente, menos competitivas.

No passado, a economia dos Estados Unidos resistiu bem aos períodos de dólar forte. É bom lembrar que se está falando de uma economia que ainda tem o consumo como seu principal motor.

Essa nova alta do dólar pode ser mais delicada, porém, sobretudo, se continuar em 2017, "já que a economia dos Estados Unidos exporta cada vez mais", afirma o economista Joel Naroff.

rfj-lla/me/mb/tt


Filme romeno "Sieranevada" aborda questões contemporâneas em encontro familiar

$
0
0
Filme romeno

Sob as cinzas do regime comunista que chegou ao fim em 1989, com a execução do ditador Nicolae Ceausescu em meio a um levante popular, a cinematografia da Romênia ganhou impulso como uma das mais prestigiadas e premiadas do mundo. No embalo do prestígio internacional alcançado por Radu Mihaileanu e seu Trem da vida (1999), três outros diretores romenos ficaram conhecidos com conquistas em festivais importantes: Cristi Puiu (A morte do senhor Lazarescu, 2005), Corneliu Porumboiu (A leste de Bucareste, 2006) e Cristian Mungiu (4 meses, 3 semanas e 2 dias, 2007).

Puiu está com seu mais recente filme em cartaz no Brasil, Sieranevada, que disputou a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2016 e representa a Romênia na corrida pela indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Como tem sido recorrente na cinematografia romena pós-revolução de 1989, o processo de transformação encarado pelo país — as heranças da burocracia estatal, o papel da religião, as inserção política e econômica da comunidade europeia — marca presença presente em Sieranevada dentro de um microcosmo. Combinando o registro dramático com a crônica de costumes em que por vezes brota um humor  sarcástico, o diretor apresenta um painel das relações humanas e da história contemporânea dentro de um cenário sempre propício à alta combustão: a reunião de uma numerosa família às vésperas do Natal para homenagear o patriarca recentemente falecido.

 Ao longo de quase três horas, Sieranevada ilumina discussões que vão da fidelidade da Disney aos contos de fada clássicos às implicações políticas e ideológicas do atentado contra o jornal francês Charlie Hebdo, em 2015; das mudanças decorrentes do colapso do socialismo no Leste Europeu às consequências do 11 de Setembro na nova ordem mundial, passando pelo papel da internet como oráculo do mundo contemporâneo. Entremeando as conversas, afloram mágoas represadas, vêm à tona inconfidências constrangedoras, uns bebem demais, liberais e conservadores se estranham.

"Sully", com Tom Hanks, recria história de piloto que fez pouso épico em NY
"Rogue One" se equilibra entre o fan service e um novo olhar sobre "Star Wars"
Poeta Pablo Neruda é tema do novo filme do diretor de "O clube"

O médico Lary (Mimi Branescu) se destaca na ciranda percorrendo diferentes núcleos temáticos, com uma encenação hipernaturalista que conecta longos planos-sequências.  O tempo do filme é o tempo do recorte temporal apresentado. A ação transcorre praticamente toda dentro do apartamento e seus diferentes cômodos, com a câmera fixada à distância emulando o olhar voyeur do espectador. O tempo do filme é o tempo do recorte temporal apresentado. É um recurso que, além do desafio técnico que seguramente exigiu muito ensaio de elenco e equipe, mostra-se bastante apropriado à ambiciosa proposta de Puiu  para mostrar o seu cinema como um grande mural da vida como ela é.

Sieranevada
De Cristi Puiu
Drama, Romênia/França/Bósnia/Croácia/Macedônia, 2016, 173min.
Cotação: 3/5

Horários nesta sexta-feira, em Porto Alegre:
Espaço Itaú 7 (16h10)
Guion Center 2 (20h)


Cruzeiro anuncia Tinga como gerente de futebol

$
0
0
Cruzeiro anuncia Tinga como gerente de futebol

O Cruzeiro anunciou um reforço de peso nesta quinta-feira para comandar o futebol. Paulo César Tinga aceitou a oferta do seu ex-clube e será o novo gente de futebol do time mineiro. A contratação foi acertada nesta quinta-feira pelo presidente Dr. Gilvan de Pinho Tavares e pelo vice de futebol Bruno Vicintin.

Leia mais:
Vágner Mancini questiona qualidade dos jogadores oferecidos à Chapecoense

Com 38 anos, Tinga jogou 65 vezes pelo Cruzeiro, marcou dois gols com a camisa do time mineiro, foi bicampeão brasileiro nos anos de 2013 e 2014 e campeão mineiro também em 2014.

– Desde quando ele parou de jogar, eu já havia conversado com ele, que ficou de pensar no assunto. Ele quis se preparar também e tem muito a oferecer para o futebol. Ele se preparou, a família concordou, e agora ele volta para Belo Horizonte para nos ajudar bastante, como foi na época de jogador. É um sujeito muito responsável e que tem muito conhecimento. O Tinga tem muito para nos ajudar, uma pessoa que se preparou ao longo da vida para assumir este tipo de função que ele exercerá no Cruzeiro – disse o presidente Gilvan, ao site oficial do Cruzeiro. 

* ZHESPORTES

Barcelona anuncia renovação com Luis Suárez até 2021 

$
0
0
Barcelona anuncia renovação com Luis Suárez até 2021 

O Barcelona anunciou nesta quinta-feira a renovação do contrato de Luis Suárez. O atacante vai ficar no clube até 2021. Os catalães informaram ainda que a multa rescisória do novo acordo do uruguaio é de 200 milhões de euros (cerca de R$ 705 milhões). O vínculo será oficialmente assinado nesta sexta-feira.

O presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, havia anunciado que o novo contrato do jogador seria até 2022, mas o acordo ficou fechado com término um ano antes.

Leia mais
Grêmio projeta aquisição da gestão da Arena para março de 2017 
Saiba onde estão os campeões brasileiros com o Grêmio em 1996
Romildo Bolzan toma posse como presidente e fala em "união política" no Grêmio

Suárez chegou ao Barcelona na temporada 2014/15, mas teve que esperar alguns meses para estrear, uma vez que estava punido pela Fifa por conta da mordida no zagueiro Chiellini em partida entre Uruguai e Itália, pela Copa do Mundo. Desde então, atuou em 116 jogos, marcando 97 gols.

Pelo Barcelona, Luis Suárez já faturou uma Liga dos Campeões, duas vezes o Campeonato Espanhol, uma Supercopa da Europa, duas Copas do Rei, um Mundial de Clubes e uma Supercopa da Espanha. Na temporada passada, levou também a Chuteira de Ouro por ter marcado mais gols (40) em um torneio nacional.

O próximo a renovar deve ser Lionel Messi. O jornal "As" revelou que Barcelona ofereceu 35 milhões de euros (R$ 123,5 milhões) ao argentino para ampliar o vínculo. 

*LANCEPRESS

Cristiano Ronaldo alcança marca de 500 gols como jogador profissional

$
0
0
Cristiano Ronaldo alcança marca de 500 gols como jogador profissional

O português Cristiano Ronaldo, autor do segundo gol do Real Madrid na vitória por 2 a 0 sobre o América-MEX, nesta quinta-feira pelas semifinais do Mundial de Clubes da Fifa, alcançou a marca de 500 gols em clubes como profissional.

CR7 balançou as redes nos acréscimos da partida disputada em Yokohama, no Japão, após receber ótimo passe do colombiano James Rodríguez, selando uma vitória para os 'merengues' depois de Karim Benzema abrir o placar no primeiro tempo. Na final de domingo, o atual campeão europeu enfrentará o Kashima Antlers, do Japão

Leia mais:
Real Madrid espanta zebra, vence o América-MEX e vai à final do Mundial
Fifa diz que arbitragem acertou no primeiro lance com recurso da tecnologia
Reunião não define situação de Oswaldo de Oliveira no Corinthians

Dos 500 gols marcados em clubes na carreira, a maior parte (377) aconteceu vestindo a camisa do Real Madrid, clube no qual atua desde 2009. Os outros foram marcados com o Manchester United (118) e Sporting de Lisboa (5).

Cristiano Ronaldo se tornou também o primeiro jogador europeu a marcar gols com duas equipes diferentes em um Mundial de Clubes, já que também havia balançado as redes com o Manchester United, em 2008.

Os outros três jogadores a realizarem estre feito são o brasileiro Ronaldinho Gaúcho (Barcelona e Atlético Mineiro), o argentino Neri Cardozo (Boca Juniors e Monterrey) e o trinitino Dwight Yorke (Manchester United e Sydney).

*AFP

Fux diz que Gilmar Mendes tem "uma forma peculiar de criticar"

$
0
0
Fux diz que Gilmar Mendes tem

Entre as críticas que desabaram em Brasília sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, as mais duras vieram não do Congresso, mas do colega de Supremo Gilmar Mendes . Fux, porém, procurou relativizar.

— O ministro Gilmar Mendes tem uma forma peculiar de criticar, e aí, dependendo do limite onde chegue, eu acho que é natural que haja essa adversidade. Por isso, em alguns votos do STF, a votação nunca é por unanimidade, sempre por maioria — disse, antes da sessão desta tarde do Supremo.

O ministro Luiz Fux na penúltima sessão do STF em 2016, nesta quinta-feira Foto: Carlos Humberto / SCO/STF

Leia mais
Fux: não há tempo para julgar em 2016 mérito da liminar ao projeto anticorrupção
Renan e Maia querem reverter decisão de Fux sobre pacote anticorrupção
Os argumentos que Fux usou para suspender o projeto anticorrupção
Mendes diz que Fux deveria entregar a chave do Congresso à Lava-Jato

O "limite" a que se referiu ainda não foi atingido, segundo Fux. 

— Eu acho que faz parte da maneira dele de exteriorizar as críticas. Eu respeito, sou colega dele, sou vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do qual ele é presidente, temos relacionamento amistoso, julgamos juntos hoje (quinta-feira) de manhã. Isso, digamos assim, ele está fazendo uso de sua liberdade de expressão, como faço também.

No julgamento no TSE em que estiveram juntos, mais cedo, Gilmar Mendes voltou a soltar farpas sobre Fux. Chegou a dizer ao ministro que o "Supremo não faz do quadrado redondo", em meio a uma discussão acalorada sobre a aplicação de jurisprudência da Lei da Ficha Limpa em processos no TSE. 

— Não tenho conhecimento de nenhuma ofensa dirigida a mim — reiterou Fux.

Diferenças

No pleno do Supremo Tribunal Federal, há oito dias, o ministro Luiz Fux havia dito sobre a decisão colegiada que resguardou o cargo de Renan Calheiros na presidência do Senado: 

— Não estamos agindo com temor nem com receio, estamos agindo com a responsabilidade política que nos impõe.

A motivação por trás da decisão da maioria de salvar Renan era o resgate da harmonia entre Judiciário e Legislativo, ameaçada dia sim, dia não por medidas que ora vêm de um poder, ora do outro.

Uma semana depois, Fux tomou uma decisão que alvoroçou o Congresso ao anular a votação da Câmara de pacote anticorrupção que já tramitava no Senado. Mas, perguntado pelo jornal O Estado de S.Paulo sobre se mudou de postura, afirmou que não. Que as situações são diferentes. Também afirmou que não vê como a decisão possa criar crise entre Judiciário e Legislativo.

— O que se falou ali (caso Renan), e eu tenho também a certeza de que foi prudente, foi no sentido de que tínhamos muitas matérias para serem julgadas, em primeiro lugar. E em segundo lugar porque não havia previsão constitucional de tirar o presidente do Senado sem obediência do devido procedimento. Isso aqui não tem nada a ver com aquela questão anterior — disse Fux.

Leia as últimas notícias de Política

*Estadão Conteúdo

Viewing all 47215 articles
Browse latest View live